quarta-feira, 25 de março de 2009

E nasceu meu Bruno!!!

Foi na madrugada de domingo pra segunda, 16 de março de 2009.
Super rápido! Umas oito da noite comecei a sentir umas contrações espaçadas; fui deitar lá pelas onze e não consegui pegar no sono... Tava sentindo que era o dia!
As contrações começaram a apertar, meu marido não dormiu mais com minha agitação, fui tomar um banho, lixar minhas unhas (ó o pensamento!, lixar unha!...), terminei de arrumar a bolsa da maternidade...
Às duas e quinze liguei pra minha mãe. Chegamos na maternidade era duas e quarenta, mais ou menos. As contrações já estavam de 4 em 4 minutos!
No exame de toque, a GO de plantão viu que já estava com 6 cms de dilatação, mandou os enfermeiros fazerem a tricotomia e me levarem pro centro obstétrico.
Daí eu já estava entrando na "partolândia", hehehe...
Rebolava apoiada na maca do consultório da GO, o que me aliviava as dores, quando, numa contração absurdamente forte, a bolsa estourou!
A partir daí as contrações era coisa fora do comum, uma coisa instintiva mesmo, da natureza! Por mais que a coitada da moça lá tentasse me fazer ficar deitada, não dava mesmo; e por mais que ela falasse "não faz força", não dava também, a razão tinha ficado lá atrás; era só o corpo fazendo seu papel!
Bruno já estava coroando quando a GO chegou, toda esbaforida, mais um monte de gente (enfermeiros, outros dois GOs que estavam lá também), um deles segurou minha mão, me acalmou, me trouxe de volta à Terra (mais ou menos), me ajudou a canalisar a força pra deixar Bruno nascer...
E Gomes, o pai, ali do meu lado, vivendo tudo isso comigo, ouvindo meus gritos, segurando minha mãe, sorrindo pra mim nos intervalos das contrações, suando comigo, sentindo comigo...
E, às três e trinta e quatro da manhã, ele chegou, cheio de luz, no consultório do PS da maternidade, num lugar quase sem preparação prum parto, sem lençóis verdes, sem anestesia, nada nada nada; só ele, ELE, BRUNO!!!
Chegou chorando forte, todo rosadinho, lindo; em meio a uma clima de emoção!...
Todos estavam aturdidos com aquilo, um parto tão rápido, fora do comum; todos estavam emocionados, desde nós, os pais, passando pelos enfermeiros, até os 3 GOs que deram o suporte na hora "P".
Logo depois chegaram minha mãe e minha irmã, me abraçaram e foram atrás do Gomes e do Bruno, que foi levado pra pediatria.
No dia seguinte, quando foi me visitar, minha mãe cruzou no corredor com a GO que fez meu parto. Ela disse pra minha mãe que esse parto é o tipo de coisa que marca pra sempre a vida de uma pessoa. Que todos os que a acompanharam estavam tocadíssimos com o acontecimento, que depois que o Bruno nasceu comentavam um com o outro: "Nossa, o que aconteceu aqui? Que loucura foi isso?", e que foram às nuvens com o parto.
Enfim, foi tudo muito intenso, muito forte, uma experiência fascinante (dos meus 4 filhos, foi o único que nasceu sem anestesia, o parto mais natural) e hoje, 10 dias depois, estou super recuperada, e o Bruno é o bebê mais lindo e cheiroso da face da Terra!

Beatriz.

sexta-feira, 13 de março de 2009



POEMA ENJOADINHO

Vinícius de Morais

Filhos...Filhos?
Melhor não tê-los!
Mas se não os temos
Como sabê-lo?
Se não os temos
Que de consulta
Quanto silêncio
Como o queremos!
Banho de mar
Diz que é um porrete...
Cônjuge voa
Transpõe o espaço
Engole água
Fica salgada
Se iodifica
Depois, que boa
Que morenaço
Que a esposa fica!
Resultado: filho.
E então começa
A aporrinhação:
Cocô está branco
Cocô está preto
Bebe amoníaco
Comeu botão.
Filho? Filhos
Melhor não tê-los
Noites de insônia
Cãs prematuras
Prantos convulsos
Meu Deus, salvai-o!
Filhos são o demo
Melhor não tê-los...
Mas se não os temos
Como sabê-los?
Como saber
Que macieza
Nos seus cabelos
Que cheiro morno
Na sua carne
Que gosto doce
Na sua boca!
Chupam gilete
Bebem xampu
Ateiam fogo
No quarteirão
Porém, que coisa
Que coisa louca
Que coisa linda
Que os filhos são!

(Antologia Poética)


*Há um tempinho ando com esse poema na cabeça. Navegando pelas comunidades do orkut sobre filhos, gravidez etc, tudo o que vejo é isso: dúvidas mil, das mais diversas naturezas, pequenas safadezas e artes "cometidas" pelos pimpolhos, mães cansadas, exaustas, EXAURIDAS pelos cuidados com os filhos, culpadas por que trabalham fora, porque não trabalham fora, porque dão palmadas, porque precisam de um norte para educar...

Ah filhos, filhos... Melhor não tê-los.... Hehehe....

quarta-feira, 11 de março de 2009

Gente grande, eu????

*Falando em se sentir gente grande, ontem vi no Universal Channel o filme "De Repente 30", pela terceira vez.Delícia de filme. A menina de 13 anos acorda um belo dia com 30. Daí imagina o que dá.

Enfim, tava vendo o filme com o Gomes e, tem uma parte que a moça pede pro mocinho (paixão de infância) que compre uma bala que eles comiam quado tinham 13 anos. Falei com Gomes que isso parece uma coisa que aconteceu comigo: quando eu era adolescente tinha uma bala que vendia e que eu amava, era a Sparkies, alguém conhece? E eu achei essa bala uns tempos atrás no Extra e no Carrefour, num pacote beeeem menor, mas a mesma bala. E a Mentos fez uma igualzinha. Isso é uma coisa.

A outra é a música da Pat Benatar, que já comentei no meu blog, "Love Is a Battlefield", que é a música da moça do filme; dos seus 13 anos, e que eu gosto muito.

Daí que eu vejo as músicas que estão no meu celular e, menina (o), não são as mesmas que eu ouvia há uns bons 15 anos? Gomes me lança essa: "Bia, você é uma adolescente com 4 filhos!"

Pessoas crescidas, me digam: vocês se sentem ADULTAS?

Assim, quando eu era menor, pensava que ser adulta seria diferente do que é hoje. Sei lá, não sei explicar direito; mas acho que seria uma coisa mais séria, entende?

Hoje, com 31 anos, sinto que sou uma... adolescente com 4 filhos!!! O que muda? Ora, tenho responsabilidades, claro, mas não é tão difícil, sério, sisudo como eu pensava; mudado. Pensei que deixaria todas as "bobagens de criança" pra trás e seria outra pessoa. Magina, ném.

Ainda sonho, e muito. Muita coisa ainda está por definir, resolver (pensei que sendo adulta tudo estaria definido, como um plano). Mudo de tempos em tempos, mas a essência é a mesma. Tenho uma casa, um carro, uma marido, 4 filhos (oi?, não me canso de dizer; será que é pra me convencer?), sou formada e não me sinto ADULTA, como pensei que me sentiria quando fosse adulta de fato. Pensei que seria tudo certinho, planejadinho, sem sustos nem grandes emoções.

Tenho momentos de fraqueza, de dúvida, de tristeza, de bobeira etc, como um adolescente. E também tenho MUITOS momentos de alegria, de gargalhada, de satisfação, de plenitude; também como se fosse adolescente.

Graças a Deus que a vida de gente grande é mais fácil do que eu pensei. E olha, no final das contas, como sou FELIZ!!!!!

Beatriz