quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Colhendo os frutos

Daí que meu filho mais velho, Matheus, está com 14 anos e meio. E daí que todos sabemos que essa idade é um perigo.

Perigo porque é como se essa idade estivesse em frente uma bifurcação da vida: bom caminho; mau caminho. (É minha opinião).

Bom, Matheus não veio conosco pra Campinas em agosto; ficou no Rio pra terminar o ano letivo. Bem, já terminou, passou numa boa, e ainda está lá pra curtir os amigos e a namorada (oi?, já sou sogra), voltando de vez pro ano-novo.

Bem, começo desse mês ele veio pra cá pra fazer uma prova. E descobriu, por intermédio de um amigo, que o melhor amigo dele (que tem 15 pra 16 anos) estava fumando maconha.

Sabe melhor amigo? Desde uns oito anos que eles são amigos; Quando Matheus vinha de férias pra Campinas ia dormir na casa dele; esse amigo foi o único que esteve na nossa casa quando estávamos no Rio; amigão mesmo.

Então que, quando Matheus ficou sabendo disso, chateou-se muito. Chegou a chorar, e dizia "eu tenho medo que aconteça alguma coisa com ele; que matem ele!" e chorava compulsivamente, e ficou o resto do dia amuado.

Juntando a isso o fato de ele comentar comigo que outros colegas dele, que jogavam bola na rua (no Rio), estão fazendo coisas erradas; "fulano tá traficando, sicrano tá fumando, beltrano tá de avião", o modo como ele diz; acho que em algumas coisas ele já está no caminho certo.

Não deixo de me preocupar, mas parece que ele está sabendo o que é bom e o que não é bom.

E olha, o mérito não é meu, pelo menos não só meu.

Não foi comigo que ele chorou pelo amigo, foi com minha mãe, que depois veio me contar.

Matheus é meu filho da adolescência; tive ele com 17 anos. Eu trabalhava o dia todo, e estudava de noite. Fora que, ao contrário de muitas mães novas, eu era irresponsável, não ligava muito pra maternidade.

Quem segurava a barra do Matheus? Minha mãe.

Ela dava muito mais atenção, amor pra ele do que eu. E ele sempre se abriu mais com ela do que comigo.

Não digo isso com ressentimento, mas é fato.

Grande parte do que ele É hoje é responsabilidade da minha mãe. Ela, como mãe, sempre cuidou do neto como filho, e hoje estamos colhendo os frutos.

Matheus é um menino bom, um ótimo aluno, um filho que não dá preocupação, um amigo fiel, um namorado respeitador.

Hoje o post é uma ode à MINHA mãe. A melhor de todas!

Beatriz.

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