sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

CRIANÇAS E SUAS FANTASIAS

Maria Luiza não está ainda na fase aguda, muito pelo contrário, ainda não entrou na fase, mas de certa forma, desde cedo nos deparamos com o mundo da fantasia em que as crianças vivem por determinado tempo (a partir dos dois anos normalmente).

Sempre leio bastante sobre esse assunto e me interesso também, pela importância das Fantasias na vida das crianças.

Acredito que brincar e fantasiar são as formas pelas quais as crianças vão aprendendo sobre o mundo real. Não sou psicóloga, nem conheço as teorias sobre o assunto, mas além de achar muito bacana, acho de exterma importância que essa fantasia seja sim cultivada.

Já vi críticas dizendo que por exemplo, acreditar em Papai Noel é alimentar uma mentira na vida das crianças. Respeito mas discordo integralmente com essa afirmação. Não penso nisso como mentira, e sim, como uma das fantasias mais gostosas que temos em nossas vidas e essas lembranças nos acompanharão para sempre!!

Acredito que cultivando a fantasia nas crianças, garantimos a elas o exercício de pensar. Uma criança sem fantasia, terá poucas idéias para desenvolver brincadeiras, histórias e mesmo seu raciocínio lógico. Quando contamos histórias, as crianças tem a possibilidade de criar imagens o que enriquece imensamente sua criatividade. Imagens de televisão ou computador por exemplo, já mostram a imagem pronta e assim, impedem que as crianças criem suas próprias fadas, bruxas ou mesmo monstros. Acho que depois de receberem a imagem pronta, fica mais difícil para a criança imaginar aquele personagem só seu.
É claro que tudo tem limite e em determinado momento, temos que tomar bastante cuidado com essa mistura da fantasia com a vida real, principalmente no que diz respeito a “super-poderes”.
É preciso deixar bem claro que não sou contra televisão, muito pelo contrário. Mas faço questão absoluta de conseguir incentivar a fantasia na Maria Luiza até aonde der.

Acho importante a história do Papai Noel, do Coelinho da Pascoa, das Fadas, super heróis e todas as outras fantasias que aparecerem..... Acho que uma grande importância dessas histórias todas é que na lógica da criança se os super-heróis conseguem subjugar o mal, ela também consegue; ou seja, se eles resolvem seus conflitos, ela também pode fazê-lo. Esses pensamentos mágicos lhe dão um sentido de poder muito forte e contribui para diminuir a sensação de fraqueza e de impotência diante de seus medos de escuro, monstros e outros. Além disso, ela atribui vida aos objetos e brinquedos como por exemplo o ursinho de pelúcia que está com raiva porque a mãe brigou com ele ou o soldadinho está triste porque o pai dele foi trabalhar e não o levou junto. Essa “transferência” de sentimentos faz com que eles se expressem e se libertem desses. Além disso os jogos de imaginação das crianças são ótimas oportunidades para aprendermos mais sobre nossos filhos. Acho que conseguimos nessas horas descobrir do que gostam, do que não gostam e o que estão sentindo.

Uma vez, um rapaz que trabalhava aqui comigo, me contou que a filha dele, com 3 anos (nem sei se já eram completos), resolveu (não foi bem ela que resolveu, sim os pais) dar a chupeta para o Papai Noel no natal quando ele viesse entregar os presentes para ela. Assim foi feito, ela entregou a chupeta. Porém, se arrependeu......E aí o pai disse que ia ligar para o Papai Noel e ver o que podia fazer. E assim fez. “Papai Noel” concordou com a devolução da chupeta mas com uma condição: só devolveria à noite, na hora dela dormir e, na hora que ela acordasse, ela teria que devolver para o Papai Noel.
Então, durante todo o ano, todos os dias os ajudantes do Papai Noel entregavam a Chupeta na casa dela. Os ajudantes eram motoboys, o entregador de pizza, e vários outros....Ela andava pela cidade dizendo: “Nossa, como o Papai Noel tem tantos ajudantes!” E não é tão bom pensar que todos aqueles motoboys mega estressados são ajudantes do bom velhinho???? Acho sensacional!!!

E vocês, como lidam com essas histórias?

Bia

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