terça-feira, 25 de novembro de 2008

A força do incentivo


Olá, para contrabalançar o post/artigo da semana passada (Criando um monstro) eu publico este sobre os sim's, o incentivo, apoio, carinho. Créditos também no final. Boa semana todos, Ju Cajado


A força do incentivo


Não pode. Não deve. Não grite. Não mexa. Não faça! No dia-a-dia, e é nele que formamos o nosso pequeno para o mundo, prestamos muito mais atenção naquilo que não se deve fazer e deixamos de aprovar, de incentivar, de reconhecer as conquistas e os acertos das crianças. Elas também precisam disso. Afinal, esse tipo de reconhecimento faz meninos e meninas se sentirem seguros e aceitos, sejam pelos pais, pela escola ou pelos amigos.A palavra positiva tem uma força infinitamente maior do que a negativa. Por meio dela, é mais fácil e leve fazer a criança, sobretudo aquela que é mais agitada, compreender seus limites, assimilar o certo e o errado. Uma hora difícil de conflito e agressividade pode ser evitada se nos outros momentos tentarmos reforçar sua auto-estima.Se não der para prevenir uma crise, nada de arrancar os cabelos e perder o controle diante de seu filho, mesmo que a irritação e o cansaço deixem você com aquela vontade de estourar. Isso porque o pequeno vai entender que ele deve adotar esse tipo de atitude quando se sentir assim. É preciso ter em mente que muitas vezes a criança se comporta mal porque, como nós, está cansada de não se fazer entender, de só se sentir reprovada, de não perceber suas qualidades sendo reconhecidas.Que lindo! Adorei! Que máximo! Fez isso sozinho! Que desenho bacana! Vamos brincar? Te adoro! Tente usar essas frases com seu filho. Se elas forem empregadas na hora certa, o “não” será reforçado quando você precisar dizê-lo. Escutei outro dia uma criança falando para a mãe que a amava, mas não gostava dela o tempo todo. Gostava, sim, muito dela quando lhe dava biscoitos. Por trás dessa gracinha, está nada mais, nada menos do que um exemplo de amor fortificado, aquele que permite o não gostar porque tem certeza do amar. E é exatamente isso que fazemos quando abraçamos, aplaudimos e estimulamos os pequenos. Dessa forma, é possível repreendê-los quando for necessário, estabelecendo limites e educando de um jeito melhor.


* Luciana Bertolucci Belliboni é pedagoga de São Paulo.

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